30/03/2007
29/03/2007
E agora?
Agora, é altura para alguma interactividade consigo, caro blogoleitor. Imagine que o tempo recuou até bem antes de 11 de fevereiro de 2007. António pedro está grávido. António pedro está empregado, mas numa situação contratual precária. A sua parceira não parece querer ter qualquer papel na decisão que antónio pedro deverá tomar. Para falar verdade, judite é uma pessoa muito pouco empenhada na relação em que está envolvida. António pedro tem 31 anos e o seu relógio biológico marca a pontualidade do momento. António pedro, grávido, 31 anos, vive em casa dos pais. Não lhe vou pedir a si, caro blogoleitor, para tomar uma decisão por antónio pedro. Apenas lhe peço que faça o exercício de se pôr na sua pele e de dar largas aqui à sua imaginação, expressando o que sentiria. Você não decide, você expressa-se.
PS- Se desejar obter mais dados sobre esta pequena ficção, sinta-se à vontade para colocar qualquer questão. Blogadora grata e ao dispor.
PS- Se desejar obter mais dados sobre esta pequena ficção, sinta-se à vontade para colocar qualquer questão. Blogadora grata e ao dispor.
28/03/2007
O gravido
António pedro dirigiu-se à farmácia bem cedo, pela manhã, antes de ir para o trabalho. Levava consigo uma amostra de urina embrulhada num saco plástico, embrulhado noutro saco plástico. O farmacêutico apercebeu-se da melindrabilidade da situação e prontamente atendeu o pedido de antónio pedro, ensaiando alguma discrição. Quando voltou com o resultado, o farmacêutico sabia que o momento não era de alegria e apenas sussurou um "deu positivo". António pedro só teve tempo de agradecer com o olhar mais desorientado do mundo e com um aflito arfar de ansiedade. E agora? António pedro, aos 31 anos, ainda vivia na casa dos pais, a namorada instável e caprichosa não tinha nem parecia querer ter e tomar um rumo certo na vida, o trabalho dava algum dinheiro mas não era certo, era uma daquelas maravilhas contratuais renováveis ao fim de cada mês. Mais do que nunca, antónio pedro sentiu-se irremediavelmente fodido. Estou fodido. E grávido. E tenho que apanhar o autocarro. E tenho de ir para o trabalho. E tenho que me acalmar porque não consigo parar de tremer. E tenho que falar com a judite. E dizer-lhe... que a culpa é dela, era o que me apetecia. Dizer-lhe que vai ser mãe... a judite? Nem que a criança nasça ela terá alguma vez essa capacidade. Dizer-lhe que me engravidou. Mas eu também estive envolvido nisto, não? Dizer-lhe o quê? Mas antónio pedro já estava com o número de judite marcado e com o telemóvel encostado ao ouvido. Diz. Era a voz despreocupada de judite no outro lado. Fui à farmácia agora, judite. E depois? Alheia. Tu sabes que não tiveste cuidado daquela vez... sabes que não tivemos cuidado. O que é que foi? Impaciente. Porra, judite! Estás parvo? Vê lá se te acalmas.Que queres? Fria. Judite, estou grávido. Oh! Incomodada. E agora? Esquiva. Que é que vais fazer? Desinteressada. Vou desligar o telefone. (continua).
13/03/2007
É que e mesmo
Fodido. Estou desanimada. Só volto a postar quando acabar o suplício da carta. Comentários, sim. Posts, não. Há por aí alguém que tenha chumbado mais do que uma vez no exame de condução?
05/03/2007
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